sábado, 20 de agosto de 2011

Como fazer o nosso país recuperar?

Penso que a resposta poderá estar na recuperação de uma exigência que a sociedade parece já ter esquecido: o pleno emprego. Numa situação em que tanta gente está desempregada, subempregada ou estando empregada continua na miséria, a exigência do Estado como empregador de último recurso numa actividade socialmente necessária e justamente paga deverá certamente ser mobilizador de vontades da imensa parte da população e constituir talvez a principal razão para unir esforços em redor de uma alternativa à austeridade sem fim à vista.
Mas o que é "empregador de último recurso"? Da mesma forma que em caso de falência de um banco o estado é o garante dos depósitos até determinada quantia, também o Estado deveria ser o garante de que cada um tem a possibilidade de trabalhar para dessa forma poder pagar um nível de vida digno para si e para os seus.
O custo desta medida é também descomunal. Implicaria a possibilidade de emitir moeda ou aumentar a dívida. Implicaria a imposição de barreiras aduaneiras aos produtos e serviços que seriam produzidos segundo este modelo. Se alguns países da UE podem levantar barreiras à circulação de pessoas por motivos de segurança nacional, porque razão não haveremos nós impor barreiras à circulação de produtos que causam a nossa miséria?
A Segurança Social fica equilibrada, a economia em vez de decrescer começa a crescer e será o motor de arranque do país.
Uma nota adicional. Isto que estou a descrever, ao contrário das experiências de laboratório a que estamos a ser sujeitos actualmente já foi levado a cabo. Quem o fez não foi nenhum revolucionário marxista, nalguma democracia popular, não foi Lenin na antiga URSS. Isto foi feito por Franklin Roosvelt após a recessão de 1929. Este senhor ganhou as eleições nos EUA afirmando que se fosse eleito iria taxar a parte de cima da sociedade no que fosse necessário para a recuperação do seu país. E foi eleito. Por 4 vezes seguidas. Que estamos à espera?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Saques

Os saques na GB foram terríveis. Em termos monetários foram da ordem das dezenas me milhões de euros. Causaram a miséria de muitas pessoas. Foram de uma violência sem qualquer justificação.

Os saques a que estamos a ser submetidos (ver http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article729353.ece) tem uma justificação: avareza, que causa a miséria do nosso povo, é da ordem dos milhares de milhões de euros e são saques devastadores.

A diferença entre uns saques e outros é o estrato social de quem os executa, a magnitude destes e a impunidade dos últimos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Opiniões unânimes a meio caminho

Porque razão a polícia britânica não conseguiu reagir de forma apropriada aos motins desta semana? Segundo David Cameron, “A verdade é que a polícia enfrentou um desafio novo e único ao lidar com muitas pessoas a fazer o mesmo – basicamente a saquear – em diferentes locais e ao mesmo tempo”. E então, como é óbvio, é necessário tomar medidas de restrição. Penso que esta opinião será unânime.

se virmos bem, é exactamente o que acontece nos meios financeiros, quando se começa a especular com as dívidas de países, de matérias primas e tantas outras coisas: trata-se de muitas pessoas a fazer o mesmo – basicamente a saquear – em diferentes locais e ao mesmo tempo.

Se é evidente na situação em que os miseráveis o fazem, porque razão não o será quando isso é feito calmamente a milhares de quilómetros de distância, ao som de música clássica e com o frigorífico cheio?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Aviso já: vou ser polémico.

Aviso já: vou ser polémico.

Vejam este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=xsS8kTQkjfE

Horrível não é? Mas não será exactamente o que todos temos assistido a ser realizado sem qualquer dó pelos poderosos destes mundo quando retiram do trabalho para dar ao capital? Por cá vamos assistir a um novo roubo com a redução da TSU. Podiam ir buscar aos movimentos bolsistas, aos movimentos de capital mas, como é óbvio, vão buscar a parte de baixo da sociedade. Isso também é violência, só que não se vê. O curioso é que ainda não se fez nada para culpar os responsáveis pela tragédia como ainda por cima se lhes dá uma ajuda paga por outros. Será que os meios políticos conseguirão evitar as pilhagens em ambos os campos: nas ruas e nos meios financeiros?